Olá querido leitor, estamos começando a escrever artigos relacionados a esse novo e quase inexplorado mercado de criptoativos. Mas para termos uma compreensão de quão importante esse “novo mundo” será para nossas vidas e das futuras gerações desse lindo planeta, vamos começar explicando de onde nasceu essa necessidade de troca e que por consequência gerou o nascimento do dinheiro. 

A história da humanidade nos conta que o homem das “cavernas” tinha como princípios básicos e instintivos: a procura por alimentos (fome), hidratação (água limpa) e a procura de abrigos para se defender dos intempéries do clima (frio / chuva / calor / deserto…). Para isso estavam sempre a procura de cavernas, rios, lagos, mares e florestas, ou seja, por muito tempo o ser humano foi um povo realmente nômade. Era nesse ecossistema, onde eles encontravam frutas silvestres, animais para a caça, peixes e água para manter-se vivos. Se em sua jornada eles encontrassem outras pessoas (tribo) pelo meio do caminho, era resolvido em selvageria e mortes, não havia uma vivência pacífica.

Peraí, bora trocar?

Com o passar dos séculos, nós humanos, tivemos um desenvolvimento cognitivo imenso de nossa inteligência, com isso, aprendemos a viver em sociedade, devido a necessidade de maior conforto e ter uma vida melhor e mais digna.

Assim, como consequência das necessidades individuais, surgiram as trocas. E foi nesse sistema de permuta (trocas), o qual perdurou por vários séculos, em que surgiram alguns termos como “salário” por exemplo. A palavra salário, surgiu a partir da porção de sal que era dada como pagamento aos soldados na Roma antiga. Ao descobrir que o sal, além de ajudar na cicatrização, servia para conservar e dar sabor à comida, os romanos passaram a considerá-lo um alimento divino (uma dádiva de Salus, a deusa da saúde), e o usavam como meio de troca.

Com o crescimento cada vez maior da sociedade, o processo produtivo passou a se tornar cada vez mais complexo. As pessoas se especializaram cada vez mais em tarefas específicas, surgindo assim novos tipos de ofícios e profissões (ferreiros, sapateiros, açougueiros,  etc). Dentro desse contexto surge o conceito de dinheiro como conhecemos nos dias de hoje, uma convenção para medir riquezas e trocar mercadorias reconhecidos pela sociedade como um todo. Dentro desse conceito as civilizações antigas chegaram a usar vários tipos de mercadorias como forma de pagamento, trigo,  carne, sal e couro são alguns exemplos.

Com o passar do tempo, a sociedade foi elegendo os melhores produtos para servir como esse meio de troca, até chegar nos metais preciosos como Ouro, Prata e Bronze. Esses metais preciosos preenchiam quase que na totalidade as características intrínsecas que todo meio de troca deve ter, que são: ser homogêneo, de fácil transporte, ser escasso, fácil de trocar, dificuldade em falsificar e durável ao longo do tempo.

A ascensão dos Bancos

Por volta do século VII a.c, surgiram as primeiras moedas metálicas cunhadas de forma privada. Em seguida foram os governos que começaram a cunhar suas próprias moedas juntamente com seus brasões próprios. O mercado com o passar do tempo, viu as limitações das moedas metálicas como um grande empecilho para o crescimento global. Negociar grandes quantidades de ouro passou a ser perigoso e cada vez mais impraticável, pois os comerciantes que possuíam uma grande quantidade de ouro/prata/bronze, tornaram-se alvos de ladrões e oportunistas. Outro fator era que a dificuldade de transportar grandes quantias dos metais era imensa e custoso, dificultando assim a sua mobilidade e dificultando o fluxo de capital internacional. 

Os bancos, na forma como conhecemos hoje, nasceram através da necessidade de guardar as moedas de ouro e prata em segurança. Por terem cofres e guardas a seu serviço, os grandes negociantes de ouro e prata passaram a admitir a responsabilidade de cuidar e guardar o dinheiro de seus clientes,  emitindo recibos escritos das quantias guardadas. Esses tais recibos (goldsmith’s notes) passaram a ser aceitos como meio de pagamento de seus possuidores, por serem bem mais seguros do que portar e carregar “dinheiro vivo ” (moedas de ouro e prata). Surgiram assim as primeiras cédulas de banco, papel moeda, concomitantemente com a “guarda” de valores em espécie davam origem aos conhecidos bancos (na Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694).

Com toda essa mudança, vieram também a criação dos bancos centrais , sendo que o primeiro deles foi o Banco Central da Inglaterra. Em 1919, surge o FED por meio de uma sociedade anônima (Federal Reserve Americano), o Banco central mais importante do mundo e responsável por ditar as “regras do jogo” até hoje.

A teoria pioneira do padrão-ouro, chamada de teoria quantitativa da moeda, elaborada por David Hume em 1752, foi amplamente usada pelas nações. Consistia que as notas emitidas eram obrigadas a ter lastro em ouro e prata, então cada banco era obrigado a converter as notas bancárias por ele emitida em ouro (ou prata) sempre que solicitado pelo cliente. Uma Libra esterlina  ainda valeria o equivalente a x gramas de ouro ou prata no momento do resgate.

O padrão-ouro foi utilizado especialmente pela Inglaterra, ganhando estabilidade de meados de 1870 até o fim da Primeira Guerra Mundial. O Reino Unido era a potência hegemônica, tanto por sua importância no comércio internacional como pelo desenvolvimento acelerado de suas instituições financeiras, e impôs ao mundo o padrão-ouro, quando Londres era o centro financeiro do mundo.

A ascensão dos EUA e do padrão Dólar

Entre o fim da 1ª grande guerra mundial e o fim da 2º grande guerra mundial o sistema econômico-monetário mundial estava uma bagunça generalizada, uma desordem monetária e não havia um país claramente hegemônico, abrindo a entrada para um importante player no jogo, os Estados Unidos das Américas.

Por terem derrotado e posto um ponto final as forças de Hitler, emergem como nova potência mundial. Ao se tornarem a nação hegemônica, os Estados Unidos impõem ao mundo o dólar como moeda internacional e a supremacia do país. Em 1944, nos termos dos Acordos de Bretton Woods, o padrão libra-ouro (1870 – 1914) dá lugar ao padrão dólar-ouro. 

Após esse acordo, tivemos 3 décadas de crescimento econômico sustentável. Em 1971 , unilateralmente, os Estados Unidos romperam e aboliram a conversibilidade do dólar em ouro, determinando, além da extinção do próprio padrão-ouro, o surgimento do sistema flutuante atual.

Este novo padrão é baseado apenas na confiança de que a moeda em questão (dólar , euro, libra, iene, etc), seja de uma nação com base sólida, forte e economicamente consolidada mundialmente. Ou seja, as moedas fiduciárias não possuem nenhum tipo de lastro. Seu valor está baseado na confiança da população e investidores em relação ao governo emissor.

A cada ano a possibilidade de um colapso econômico é maior. Governos imprimindo dinheiro sem lastro, bancos sobrecarregando governos, e no meio disso a sociedade segue refém de um sistema que busca um controle cada vez maior, de tudo e todos. Na recente história do nosso país pudemos experimentar o sabor amargo da inflação desenfreada no governo Collor, que chegou aproximadamente aos absurdos 100% ao mês e no bloqueio da poupança de milhões de brasileiros. O problema maior é que os ciclos econômicos se repetem e em 2008 o mundo sofreu com  a maior crise dos tempos modernos, a crise do Sub Prime americano. Sabemos que o “buraco” não foi tapado com concreto, mas sim, com a sociedade mais uma vez pagando a conta e com governos imprimindo mais dinheiro e salvando bancos.

A solução

Em meio a esse caos monetário e econômico em 2009 um desconhecido e revoltado gênio (ou um grupo de pessoas) chamado por “Satoshi Nakamoto” uniu conceitos de economia e tecnologia criptográfica para criar uma nova moeda que pudesse resolver os problemas que a centralização provoca na economia global e assim nasceu o Bitcoin. Uma moeda deflacionária, sem nenhum governo no controle e totalmente descentralizada.

Será que estamos vivenciando a revolução 4.0 atualmente em nossas vidas? E será que estamos a beira de um novo e revolucionário tipo de padrão mundial, o padrão Bitcoin? Mas isso é assunto para um próximo texto, nos vemos em breve.

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