O ano de 2020 tem sido um grande ano para os projetos DEXs (Decentralized Exchanges) no mundo cripto.
O crescimento na liquidez e a otimização da usabilidade têm tornado esses projetos mais fortes do que nunca, consolidando-os cada vez mais como potenciais competidores às formas centralizadas de se negociar.
Para quem ainda não é familiarizado com o assunto, vai uma breve explicação: DEXs são um tipo de exchange que permite aos seus usuários negociarem a partir de suas próprias carteiras.
Diferentemente das exchanges centralizadas, em que os fundos são de responsabilidade de terceiros, as DEXs conectam carteiras individuais em um livro de ofertas, permitindo que as transações ocorram diretamente entre usuários, diretamente entre wallets, o que é possível por meio da programação de um contrato inteligente.
As chances de hack ou roubo são baixas e, além dos benefícios de segurança, as DEXs também possibilitam maior privacidade, pois nelas os usuários não precisam fornecer todas as suas informações pessoais a terceiros para negociarem criptomoedas.
Algumas características devem ser levadas em consideração ao escolher uma DEX:
- Variedade de moedas.
- Usabilidade da interface.
- Liquidez.
Liquidez
A liquidez é uma das principais características, pois desempenha um papel extremamente importante para o mercado.
Escolher a exchange com melhores volumes de negócios é crucial para os traders, pois isso possibilita uma negociação mais vantajosa e rápida. Além disso, maior volume atrai mais volume.
A falta de liquidez nas DEXs faz com que as pessoas se sintam mais atraídas em aceitar negociar em exchanges centralizadas, que são mais caras e mais vulneráveis.
O volume em setembro já vem batendo recordes em relação aos meses anteriores, ultrapassando os US$ 14 bilhões. Uniswap e Curve vem se destacando e lideram em termos de volume de negociação.
A Uniswap lidera o volume diário de negociação, tendo em agosto ultrapassado várias vezes o número de US$ 1 bilhão negociados e ficando na frente até mesmo de exchanges centralizadas, como a Coinbase.
Por causa de sua maior base de usuários, as exchanges centralizadas são grandes alvos para hackers que têm como objetivo acessar uma grande recompensa, que é invadir o local onde está o maior volume de negociação do mercado cripto atualmente.
Na exchange centralizada, é necessário terceirizar a custódia dos criptoativos. Imagine o pesadelo de ter seus recursos perdidos devido à uma invasão da exchange que você utiliza?
Que o diga os clientes da Mt. Gox exchange, que sofreu um ataque em 2014 e perdeu aproximadamente US$ 460 milhões.
Com isso, muitos traders passaram a reconhecer o valor das soluções e da liberdade oferecidas pelas DEXs.
No site DeFi Pulse é possível ver de forma atualizada a quantidade de recursos que estão travados nas principais exchanges descentralizadas e acompanhar o desempenho dos principais projetos DeFi.
Aqui é possível ver o crescimento exponencial das DEXs, com o total travado em dólar nelas saindo dos US$ 100 milhões no início do ano e chegando ao patamar de US$ 3.74 bilhões atualmente (18/09/2020).
As três primeiras do ranking do dia 18/09/2020 foram: Uniswap, seguida por Curve e Balancer.
Mesmo que autoridades mirem uma DEX, os fundos dos usuários ainda estariam seguros. O principal objetivo de uma DEX é proporcionar um ambiente onde os usuários se encontrem e negociem por meio de um contrato inteligente, em que o único registro necessário é um endereço de carteira.
Projetos DeFi, entre eles as corretoras descentralizadas, têm vivenciado uma grande valorização nos últimos meses, contudo, um crescimento acelerado demais pode ser algo que exija atenção de todos, uma vez que as DEXs são recentes e ainda precisam de tempo para maturação e enfrentar testes de estresse, para assim serem desenvolvidas de forma mais saudável para todo o ecossistema.
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