A  expansão econômica dos EUA, com quase uma década de duração, foi uma das maiores  já registradas na história americana. Mas será que esse crescimento foi de forma saudável para a economia mundial e com embasamentos econômicos sustentáveis? Sabemos que a última grande crise em 2008 (subprime americano), foi “estancada” com os Bancos Centrais imprimindo dinheiro a todo vapor. O FED (Banco Central Americano) literalmente imprimiu dólares para salvar as instituições de um colapso geral.

Um dos  indicadores mais importantes, o qual faz com que grandes investidores do mundo todo fiquem atentos e que devemos prestar muita atenção, é a inversão da curva de juros dos títulos norte-americanos, os chamados treasuries, onde os títulos de 10 anos passaram a serem negociados abaixo dos juros dos títulos de dois anos pela primeira vez, desde 2005, isso aconteceu no mês de agosto de 2019.

Adicione a esse forte indicador prévio de recessões, as tensões de negociações e incertezas geopolíticas entre os EUA e a China, o aumento da dívida pública americana (22 trilhões de dólares, a mais alta da história), a iminente conclusão do BREXIT (saída da União Européia por parte da Grã-Bretanha), os baixos desempenhos econômicos de Alemanha e Japão… e pronto, temos as condições ideais para formação de uma recessão sem precedentes, colocando em cheque todo o sistema econômico mundial atual.

Outro fato que corrobora isso tudo, foi a injeção de liquidez recente (impressão de mais papel moeda) no mercado monetário americano feita pelo FED – crucial para o financiamento a curto prazo de bancos e empresas – para manter a taxa dos fundos federais na margem de 1,75% para 2% (juros básicos dos empréstimos interbancários ou juros overnight).

Mas para que serve esse empréstimo interbancário? Todo fechamento do dia, cada banco tem que ter um saldo positivo ou “não negativo” (empate).    Dentro disso, com as obrigações e custos normais de cada banco, essa conta no final do dia pode não fechar. Como isso é resolvido? Os próprios Bancos emprestam um para os outros diariamente equilibrando suas contas. Ex: Itaú faltou 100 milhões para fechar o dia no “verde”, aí o Bradesco empresta hoje e pega de volta amanhã esse dinheiro emprestado, mas com o tal do “juros overnight” e assim acontece com todos os bancos, todos os dias do ano e há décadas. Inclusive a taxa do CDI, que pauta os CDBs, é exatamente os juros noturnos contados no mercado entre os bancos.

Uma breve reflexão: se o FED dos EUA está tendo que injetar liquidez para empréstimos interbancários, é por que? Seria uma mera caridade do FED para os “coitadinhos” dos bancos ou porque os mesmos estão sem liquidez, sem grana mesmo?

Pois é meus amigos, o presidente Trump sabe que no ano que vem tem campanha para reeleição e está desesperado para não deixar explodir a crise antes das eleições americanas. Será que a crise já chegou de fato? Sabemos que estão retardando-a por questões estratégicas. Qual caminho devemos tomar para proteger nosso patrimônio?  Será que há uma maneira de conseguirmos mitigar as perdas ou até mesmo lucrar com a “avalanche” que está por vir? Seria o Bitcoin uma reserva de valor a ser explorada? Acho que sabem nossa resposta né?

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